sábado, 12 de junho de 2010

Natal...PROCURA-SE!

Naquela noite pacífica e fugidia,

o vento bailava e batia na janela adornada.

Espreitei, lá fora nenhuma vivalma se via,

cá dentro, das dez, a última badalada ouvia.

Saí para uma curta caminhada,

tudo estava colorido, tudo estava brilhante.

Pairava no ar a alegria, uma paz imaculada,

a das famílias a celebrar a noite abençoada.

Nesta minha solitária cruzada,

ouvi de repente, um ruído estranho e estridente.

Algo gemia quando dobrava a encruzilhada,

era um pequeno cachorro, que de frio, enregelava.

Aproximei-me e fiquei perturbada,

o pobre cão estava magro que doía.

Fiz-lhe na fronte uma festa e fiquei aliviada.

Pensativa, segui o meu caminho mas sentia-me culpada.

Já perto do lar, vi que o escanzelado cão me seguia.

Detive-me por uns momentos e não mais hesitei,

recolhi a criatura com toda a dignidade e cortesia.

Alimentei-o e aconcheguei-o, logo se recompôs como por magia.

Foi então que percebi, o que há de mais belo,

pois encontrei o verdadeiro Natal solidário.

Com um gesto simples e singelo,

celebrei como ele a partilha, pus nele todo o meu zelo.